A verdade é esta. O desemprego doí. Sais de um trabalho onde sentes que deste tudo e pumbas, sais sem nada. A juntar a isso, um trabalho em que lidas com pessoas, mini pessoas em formação, sentimentos e emoções. Todos precisam tanto de ti e de repente. Um vazio. Esse vazio vem depois de 2 meses. O primeiro descansas, o segundo andas a mil com muitas coisas para fazer e fazes tudo o que normalmente não tens tempo. No terceiro cai sobre ti uma sombra. Que mesmo estando sol lá fora te faz comichão nesse nariz, que ultimamente anda mais para baixo do que arrebitado.
- Opá quem me dera! - dizem as pessoas que interpretam a tua condição como férias.
- Cria o teu próprio trabalho. Sê empreendedor! - dizem os nove às cinco desta vida.
Opá eu sei isso tudo, o mundo não acabou, e vai tudo correr bem, mas deixem-me estar na fossa uma beca [a ouvir Portishead e tudo] que isto às vezes doí....
