sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Puff... desilusão

Estou incrédula nas pessoas e nas coisas das pessoas. No egoísmo vencedor que acaba sempre por reinar. Na primazia suprema do seu próprio umbigo. No facto de terem de ser sempre os melhores, os excelentes. Por complicarem tudo ao milésimo pormenor.

Todos falam de amizade, partilha, colaboração mas o umbigo é grande e ocupa todo o espaço.

Desculpem o desabafo mas puff.... que desilusão... Ainda me viro toda por dentro a tentar compreender mas não consigo. O silêncio revela-me a incapacidade de comunicar e compactuar com tais actos. Estou magoada. O meu melhor não é suficiente.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

José

Escrevo do dia em que ouvi o José Pacheco. Que encolhido pelos elogios que lhe teciam se escondia. Desceu as escadas. falou sem gritar e todos ouviram. Acredito que não tenha existido uma única alma que não se tenha sentido remexida por dentro. Que isto de questionar, doí.

Sei porque o faço todos os dias. Remexo-me sempre. As palavras dele fazem sentido para quem reconhece as inquietações. Eu senti-as todas. E sinto. E vou continuar a sentir.

Quando sais daquela porta para fora, já não és a mesma pessoa. Ainda mais inquieta fiquei. Nem conseguia falar, que isto do pensamento tem o seu tempo, Estranho aqueles que saem e riem, contam piadas, e acham que é assim simples e claro como a água, só não pensaram nisso porque pensar custa muito e é mais fácil escutar quem pensa.

A questão da liberdade e da humanidade é em mim uma questão tão presente e tão de sempre que me faz confusão que precisem de um senhor que vem de muito longe dizer aquilo que nos está perto do coração. Com todo o respeito e admiração que nutro por aquele senhor. 

Existem um princípio pelo qual eu oriento a minha vida toda. Que creio ser o mesmo que o dele e tantos outros. Só não falamos sobre isso.  Ser melhor ser humano. Para mim e para os outros e isso é tudo. Com esse princípio faço tudo. Leio livros, partilho o que leio, ajudo os outros quando consigo, dou livros que gostava de ter, contrario a posse, tento (embora nem sempre consiga) não julgar os outros, meter-me na pele deles, dou a última moeda da carteira, não meto lixo no chão, faço reciclagem, Quando alguém me magoa (que magoam muitas vezes) perdoo e compreendo, peço desculpas se faço coisas mal, não como animais, abraço e beijo, dou palavras amigas e mesmo assim esta puta desta vida é tão retorcida e malvada...

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

dias sem noites

Escrevo porque gosto de registar. De quando a memória falha, recuperar nas palavras os momentos que já foram. Estes dias tem sido de uma canseira total. A trabalhar até às tantas, a acordar sempre às sete. A cabeça a mil, tudo por fazer, stress e coisas desta fase de insegurança e pressão. 

Parei por uns tempos a corrida e sinto falta. Todos os dias posta à prova, amanhã mais uma apresentação. avaliação. farta desta palavra. E de toda a insegurança que ela representa, sim porque não me venham cá com tretas do construtivismo, que já me fartei de pensar no assunto. Era tudo de novo, reconstrução total e até a palavra devia mudar. 


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

coisas da escola e de fora dela.

Hoje ouvi um poema lindo duma criança no 3º ano e voltei a acreditar. A verdade é que a escola nos prende muitas vezes as asas coladas no chão mas a mesma escola que nos prende também é aquela que nos ensina tantas  outras coisas que necessitamos para voar.

Os artistas, os inadaptados ao sistema, os distraídos, os génios, os cabeça no ar, os que não correm, só andam,  terão estes sítio na escola que teima em estabelecer a meta igual para todos e a classificar de acordo com o que considera perfeito ou menos bom, bom, satisfaz, não satisfaz.

E os cabeça no ar, não lhes fará confusão estar tanto tempo sentados, nas aulas, a ouvir, a escrever aquilo que lhes pedimos. A resolver os problemas que não são os deles. Como se a vida fosse aquela e não outra. a que corre cá fora, do outro lado da janela, para onde voam os cabeça no ar.

Mas eles não pensam... Têm dificuldade em dar a sua opinião. Não tem espírito crítico. Nem eu tenho quando a vida me esmaga com informação já processada. Ai opá! Não me consigo meter na caixa. Mais uma vez...

Onde está o corpo das crianças do 1º ceb? Sentado numa sala. Virado para a frente.



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Sim ou não, sim...

O meu coração palpita com força dentro do peito que encerra.. Sente tão profundamente que quase que sai cá fora. Já sei o que tenho.  preciso escrever. Meter a roldana dos pensamentos em puro deslize por aí fora e deixar-me ir.
Preciso chorar. Busco uma banda sonora para este momento de sensibilidade que o cansaço extremo me traz. Até sinto a vibração na ponta dos meus dedos. Puta de sensibilidade extrema.

domingo, 1 de novembro de 2015

Decisões

Eu escolhi isto para mim. Fiz passo a passo o caminho e o que tenho é medo. Medo que chamo de desencontro, de não sincronia. Mas eu escolhi isto para mim. Agora é trabalhar. Muito. Respirar fundo e um dia de cada vez continuar a construir esta história que espero com um final feliz...