quinta-feira, 31 de março de 2016

RE começos

Chega às seis e o meu dia em vez de terminar, começa. Numa vida que de tão minha, já é nossa. Preparo o jantar. Guardo no frio. Arrumo a cozinha. às sete estou vestida e pronta para correr. Volto às oito, mais cansada, mas mais feliz. Com a cozinha arrumada, jantamos o que já está feito. Arrumamos a cozinha. Preparo o dia seguinte. Aninho-me no sofá contigo a ver televisão. Leio um pouco. Estou feliz.

terça-feira, 29 de março de 2016

dias

Dores nos músculos das pernas. Deitadinha com os meus pensamentos, que andam metidos nas dores de pernas. Corridas ao fim de tarde até não aguentar. Adaptações. Estranhezas. Rol de emoções estranhas. Espero curas para estas dores, digo de pernas...

domingo, 27 de março de 2016

:)

que mimo o domingo. Manhas de corrida e passeio. Almoços lentos e tardes de sofá. Jantares improvisados. Casa arrumada e serão bom. Que bom estar contigo!

sábado, 26 de março de 2016

rss

Mudar de casa não é pêra doce, é daquelas rijas, de fazer doer as costas. Temos acordado com as galinhas e trabalhado, trabalhado, trabalhado. Agora depois de vinte mil voltas, encontro-me à espera do P. que foi levar a nossa cadela a casa de uns amigos. Mas até a demorar horasssssssssssss..... parece que é a missão impossível ir para baixo...

quinta-feira, 24 de março de 2016

Horas...

Hoje enquanto arrumava as últimas coisas, brotou em mim uma emoção e chorei, não de tristeza, mas de percepção consciente de passagem. Já não aguentava mais esta solidão. Este sentimento suspenso. As horas do dia doíam. Cresci tanto nestes tempos, ninguém imagina a aflição que me rasgava o peito cada vez que num suspiro, compreendia que ainda faltava mais tempo. Agora faltam apenas umas horas. E eu sorrio...

terça-feira, 22 de março de 2016

aiiiiiiiiiiiiiiiiii

passar a tarde a rever bibliografia e acabar com uma dor de cabeça giganteeeeeeeeeeeeeeeee

sábado, 19 de março de 2016

Mu_danças 2

Numa manhã demos andamento aos caixotes, caixinhas e numa carrinha enorme lá foram estrada fora rumo à Margem sul do rio Tejo, da margem norte do rio Mondego. Eu fiquei mais uma semana, com o básico, o indispensável e os meus dois ursos. O Pedro foi e levou a nossa vida nas caixas. Era capaz de viver sem aquelas caixas. Mas não sem ele e os nossos ursos.
Gostei de viver aqui nesta casa. Chorei, fui triste, fui feliz e aprendi muito. Aqui terminei a licenciatura e escrevi a primeira parte da tese. Aqui passei as passagens de ano de mesa farta e pés no sofá. Aqui compreendi, que a vida podia ser outra e ter horizontes.
Aqui, comecei a correr e a gostar, aprendi a conhecer-me melhor. Aqui passei muito tempo a aguentar a solidão. Aqui, fiz festas até de manhã e enchi a casa toda de fumo. Aqui gritámos e espantei muitos dos meus males. Desta vida de cidade, da janela do meu quarto o que eu via eram as árvores e o verde lá ao fundo. Falta uma semana e o Pedro volta para nos levar.
A minha casa é onde onde o meu coração está, e há muito tempo que ele já não mora aqui e não, nao estou a falar do Pedro.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Mu_danças

Arrumar caixas, caixinhas, caixotes e fazer desta mudança uma viragem de vida. Coisas boas, por favor! :)

quarta-feira, 16 de março de 2016

16 de Março

Fui lá à tal apresentação falar do projeto e coisas e tal. Foi bom. Também foi bom estar com as minhas colegas, quase pela última vez em contexto ainda estou aqui.
Neste momento encontro-me na biblioteca. A próxima vez que vir a Andreia já não vou estar cá. Sei que não faz sentido, mas é o sentido que encontro nestes descuradamente da vida. Tenho neste momentos duas experiências chave escritas que precisam de algum carinho e atenção. Tenho de escrever sobre o projeto e fazer dele uma coisa assim especial, como foi. mas em escrito. daquela maneira que tal, coisas especiais e afins.

terça-feira, 15 de março de 2016

Coisas estranhas

Hoje acordei cedo e fui para a biblioteca. Pesquisei e pesquisei. Relacionei, Falei com o orientador, Escrevi. Pesquisei mais. Não fiz quase pausas nenhumas. Pesquisei, Comecei a sentir-me confusa. Cansada. Recebi um não. Pesquisei mais. Caminhei, Cheguei a casa com uma vontade de chorar imensa. Amanhã vou apresentar o projeto que desenvolvi com o meu grupo no 1.º Ceb, mas não consigo estar feliz. Vou correr e logo se vê.

domingo, 13 de março de 2016

Esmiuçar

Porque é que eu não fiz isto há mais tempo?
Que demónio me possuía?
Esta paz faz-me bem. Venham as mudanças que eu pouco a pouco vou enfrentando...

quinta-feira, 10 de março de 2016

continuação do outro post

Nesses dias temos de nos resolver. Desembaraçar, descruzar por dentro, aceitar e compreender.
Tomar um banho, calçar umas sapatilhas e correr. Levar aquilo tudo à frente, Para depois ficar lá para trás.

Coisas do coração

Há dias em que temos de conter a respiração ofegante de tão pouco que bate o nosso coração. Há dias que temos de contrariar o sono, a apatia e o medo e sair desta névoa.
Há dias em que estamos mergulhadas numa bolha submersa em água  e mesmo quando rompemos a bolha, temos de nadar muito até terra.
Há dias estranhos. A solidão traz-me a melancolia. E um aperto no peito, pequenino, do tamanho da minha vontade.

segunda-feira, 7 de março de 2016

coisas da tese

Fim de semana de ócio e algum trabalho que não envolveu escrita nem pensamento. Também ajuda, convenço-me eu.
O relatório tem andado devagar. Isto é um processo muito mais introspectivo do que julguei. É também um processo solitário, de arranques e retrocessos. Não é fácil, portanto.
Tenho de me estipular algumas regras, que têm surgido como necessárias nesta missão louca de escrever uma tese, mudar de casa, de cidade e de vida e aparar todos os pensamentos desnecessários que me irrompem pelo cérebro adentro e me contaminam a inércia do corpo.

- Tentar acordar o mais cedo possível.
- Não me distrair com coisinhas.
- Compreender que este processo é realmente pessoal e que cada um tem a sua forma de gerir o tempo e a forma como faz as coisas.
- Alienar-me do mundo um bocadinho ( mas só para escrever).
- fazer exercício físico
- delimitar tarefas

sexta-feira, 4 de março de 2016

Mudanças interiores e exteriores

Esta semana tenho assistido a conferências muito boas que me tem despertado o interesse pela pesquisa para a tese. Tenho andado a pensar em algumas coisas da mudança, que a passos curtos se aproxima.

Casa nova. Vida nova. Ora a casa não é nova, e é temporária. Vamos mudar um mês para casa dos pais do P. na margem sul ( eles vivem nos Açores) e esse mês dá-nos tempo de procurar uma casa e poupar dinheiro, uma vez que agora, todas as fontes de rendimentos vem do P.

Eu ando-me a esforçar por passar esta fase o melhor possível. Ando sem dinheiro e sem tempo para trabalhar, com mudanças pelo meio e a tese p entregar breve. Queria implementar alguns hábitos quando fosse para Lisboa.
Vou colocar aqui a minha lista :

- Acordar às seis da manhã para fazer exercício. ( meia hora p exercício, banho, peq almoço, entretanto o P. acorda e começa o dia).
- Sair de manhã e só voltar à noite. ( procurar bibliotecas e não me fechar em casa, sem ver pessoas acho que vou dar em maluca).
- Adiantar almoços e jantares ao fim de semana.
- Ter mais cuidado com as limpezas e ser metódica.
- Comer melhor ( muito melhor do que tenho comido),
- Não resmungar ( o P. nao tem culpa de nada do que ando a sentir).

quinta-feira, 3 de março de 2016

Reflexões do processo... - 1

A escrita duma tese, dum relatório final, dum documento que espelhe as crenças, as leituras e as verdades de quem se vai lançar ao mundo, é um processo mais intenso do que pensei. 

Esmagam-nos as incertezas, a falta de apoio e a motivação que nem intrínseca ou extrínseca encontramos. Acabam por nos deitar por terra, as leituras a documentos produzidos em anos anteriores com o mesmo efeito.  
Esquecemo-nos que isto é assim um processo. Interior. Pessoal. Reflexivo. Que por muito que tentes fugir dos teus instintos todos te levam àquele ponto em que te encontras contigo e desencontras com os outros. É normal, que não pensamos todos da mesma maneira. E ainda bem. Senão, como poderia ter estas conversas comigo mesma que desembocam em janelas abertas para outros quintais. Quintais que nunca vi.

 Estou em projeto. No sentido literal da palavra. E não posso deixar que a incerteza, o novo me assuste. É normal caminhar e recuar. Correr e não chegar a lado nenhum. Pelo menos na vinda para trás, temos oportunidade de contemplar o caminho que não vimos porque fomos em grande movimento a correr. 

O que já aprendi :
- este processo é de uma lentidão absoluta. tem um sentido profundo, mas assustador.
- dá-nos a sensação de impotência.
- alterações do espírito entre euforia e depressão ( sim, eu sei bem que são sintomas de uma doença do foro mental, mas é mesmo assim.)
- as horas voam e as palavras escrevem-se em câmara lenta. como se existisse alguém que controlasse o seu passo apressado.
- sensação que devia ter lido ainda mais, do que já li.
- todos os dias tem de se trabalhar um pouco, embora existam dias que se tem de trabalhar muito.
- criar uma regularidade de escrita para que isto me entre no sistema, duma forma mais natural.
- usar o exercício físico para descontrair
- não me comparar com ninguém, o processo como disse, é pessoal e único. cada um tem os seus tempos.