quinta-feira, 28 de maio de 2015

Escrever ajuda-me a pensar...

Habituei-me a escrever todos os dias. Como uma terapia, uma cura sem hora marcada.
Até mesmo com  palavras, pequenas. Frases curtas. Na escrita escrevo já sem pontos de interrogação, esses já os deixei para trás. Quando aqui chego às palavras já sou mais eu. Escrever ajuda-me a pensar. 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Desaguar todas as palavras deste mar...

Desaguar todas as palavras deste mar. Deixá-las desembocar neste cabo da boa esperança que é a minha vida. Fechar os olhos e acreditar. Hoje quase que me desmanchava em choro num sítio que não podia ser.  Estava triste e a sentir-me magoada. Já devia estar habituada ao mundo mas ainda não estou. Não é deste mundo o meu reino de certeza. Eu sou do sonho, da criatividade, do imaginário, do encantamento, da infância, do improviso e da liberdade. E este mundo não é assim. Quem me dera que este sentimento passasse. Ou me levasse com ele. Para outro sítio. 

Mais um dia...menos um dia...

Mais um dia na emocional roda da vida, que bem que sabe fim de tarde. Anseio o Verão e os dias felizes, do início ao fim! Sem prisões nem correntes que o meu ser é de liberdade!

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Sono, estás atrasado!

imagem da net
Hoje o sono teima em não vir. Esqueceu-se do encontro. Vai chegar atrasado e quando chegar vai ser vagaroso e demorado,  e quando eu  tiver outro compromisso vai insistir que é só mais cinco minutos e vai permanecendo. Quando o mandar embora de vez, ele não vai obedecer e vai  mandando mensagens ao longo do dia. Oh relações complicadas!

Descobri que sou equilibrista.

Esta imprevisibilidade dos dias tem sido uma aventura. Tirando o facto da limitação temporal e de ver o mundo de pé coxinho, isto até podia estar a ser  divertido.
Todos à minha volta andam numa neura que não se aguenta. Equilibrar tudo isso com o meu pé esquerdo, tem sido capacidade própria de super humano.
Tentar que ninguém se chateie, que eu não leve a peito os rezingares, controlar os meus próprios humores,  a vontade de mandar tudo para as urtigas, satisfazer as vontades de uns, respeitar o que pensam os outros tem sido missão de equilibrista, numa corda fininha só com um pé a uma grande altura do solo. Sem rede, que assim tem mais piada...
imagem retirada da net

Se caires, aprendi eu com os equilibrismos da vida, não puxes ninguém atrás. Deixa-te cair, com consciência para não partires outro pé, não te magoes mais.  Observa a paisagem e aprende o caminho de volta. E quando voltares, traz um sorriso na cara. Sim?

sexta-feira, 22 de maio de 2015

voltas e eu já não sou a mesma.

Quando voltas, já não sou a mesma. Já os dias me transformaram. O turbilhão de emoções já passou . Eu já refleti e já cresci. Já sou eu mas em diferente.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Desabafo

Movimento. Liberdade. Dança. Jogo corrido.  Ir buscar o que preciso. Buscar o que outros precisam. Ir lá fora e voltar rápido. Tenho de superar esta prisão. A minha cabeça voa alto e o meu corpo fica imóvel. Tudo é complicado de fazer. O tempo parece que não passa.
Todos me dizem relativa e sim relativizo, mas metam-se na minha pele, por um dia e depois relativizem vocês, que já estou cansada de relativizar. Tantas alturas na minha vida, porquê agora?
A comida, o banho, o vestir, o ir buscar o secador, o não conseguir apanhar nada no chão. O estágio e as limitações.  A estúpida dependência que quando entro em minha casa termina e eu tenho de fazer tudo, mesmo que demore muito e custe outro tanto. Há dias em que mandava tudo às urtigas. faço um esforço tão grande para tudo mas tudo parece tão natural que ninguém se apercebe que estou em superação, que não dá para viver sozinha, para andar de autocarros, para fazer o exigido para não me sentir mal comigo mesma.
E principalmente para estar sempre de sorriso na cara, como se nada fosse. Como se fosse assim e pronto. Não te queixes. vamos planear mil e uma coisas e tá tudo bem! vais cumprir como sempre, e na parte divertida ficas sentada a ver a vida correr.
Isso tudo e o apoio familiar que não existe. O isso passa. Amanhã vou aí, mas nunca vem. O precisas de alguma coisa, que não se ouve....
Mas sim hj o meu ser guerreiro está cansado e se tivesse força nos braços que me doem de suportar o corpo, mandava sim tudo para as urtigas.
Entretanto fica aqui o resíduo que devia ir para as urtigas, para ser pensado, reaproveitado em energia, energia positiva que no fim isto tem de ser combustível para a vida, transformação do mau em bom. Eu desatino mas alinho no minuto a seguir. escrever ajuda-me a compreender, a suportar, a olhar para dentro de mim e cuidar. pensar por bem. Recuperar.


domingo, 17 de maio de 2015

Poder de transportar coisas com a mente

Domingo. O dia do até já meu amor. E eu fico em auto gestão. De pé partido. Fico com a casa minimamente arrumada, a roupa lavada,  dobrada e uma refeição para a noite. Uma sopa individual feita para uma emergência. As compras já feitas. A cadeira e o banco na banheira e o saco para a perna no sítio do costume.
Nunca pensei que um pé limitasse tanto tudo. tudo é complicado. estar em pé, andar de um lado para o outro porque doí, não dá jeito para cozinhar nem transportar coisas. O movimento de levar coisas e ir buscar, nunca lhe tinha dado valor, à falta dumas capacidades, nascem as outras mas ainda não senti o desenvolvimento de transportar as coisas com a mente e olhem que já tentei. Várias vezes.

2015, O ANO FANTÁSTICO!

Este ano prometia... ser um ano fantástico. Este ano já me levou um ser para o outro lado que ainda não sei se existe, já me afastou do meu porto de abrigo, já me partiu um pé na pior altura . Este ano que prometia ser espectacular, permitam-me a expressão mas está a ser uma bela duma merda.  E eu bem sei que podia ser tudo pior e choverem balas e eu não ter dois pés e essas tretas todas e afins mas hoje voltei a ter dores e nada me desconsola mais do que sentir uma semana a começar e eu sem forças para ela. Mas lá terá que ser que a palavra resiliência foi criada para algum propósito.
Propósito esse, que eu já tinha descoberto, há muito tempo, não era necessário, universo.

Eu, apaixonada por natureza, ando desinteressada, com um humor de cão ( nunca entendi esta expressão, mas é a que eu conheço.) a quase não acreditar que é possível. Nem nisso, nem nas pessoas, nem nas situações, nem em merda nenhuma de jeito.

talvez seja hormonal e culpa da menstruação, que teima em me sujar as cuecas, sim as cuecas.. com este descontrole de sangue que sai. Podia sair com ele este mau estar e os problemas da minha vida. mas não.
isto é mesmo hormonal, a sorte é que escrever é uma terapia, escrevo e passado um minuto já me passou a neura!

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Não tenhas medo de ser feliz!

Nos desatinos da vida, nos entreta_tantos do nada e do tudo surge uma frase, não tenhas medo de ser feliz! Isso aprendi com as crianças, disseram-me sem me dizer com palavras. depreendi eu, da minha vida com elas e da comunicação das palavras que não se ouvem.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Afinal nem tudo é mau! Momentos de gratidão :)

Bem, estes dias tem sido assim um rol de acontecimentos que quase me levaram a pensar que a minha vida estava assim cheia de azares.  Mas se olhar assim de perto, com a atenção pormenorizada e com lentes mais positivas, não me devo queixar. Resolvi por isso escrever um diário da gratidão, para me lembrar que também existem coisas boas a acontecer e tenho de lhes dar o devido valor.
Além disso sermos gratos do que temos, aumenta exponencialmente a nossa felicidade, permite termos mais consciência do bem que nos acontece. E também só consigo ser melhor pessoa para os outros se estiver bem comigo.
Resolvi escrever 3 momentos do dia pelos quais me sinto grata e chamar-lhe-ei momentos de gratidão.
- Sou grata, porque esta situação é temporária, e daqui a uns tempos voltarei a andar.
- Sou grata, porque tenho amigos que se preocupam com o meu bem estar.
- Sou grata, porque o meu telefone apesar de estar em auto gestão, (apita, desliga-se, mexe nas teclas sozinho, faz barulho nos telefonemas) mas ainda sobrevive e ainda me permite comunicar.

domingo, 10 de maio de 2015

Dores de crescimento

A dor tem várias camadas, umas transparentes e frágeis, outras quase invisíveis e outras ainda duma rijeza modo casca de tartaruga.
Nos diversos níveis de dor vamos aprofundando o nosso ser. Transformando-o, alterando-o. Que a dor é incompatível com a vida e a vida essa é incompatível com a reflexão.
Quem me dera não ter nascido assim, tão profundamente sensível. Mas por outro lado essa é a melhor parte de mim. Respiro devagar e nascem-me lágrimas nos olhos. Amanhã quando sair de óculos escuros, ainda me vão lembrar estas lágrimas. Mas estas já terão seguido o seu rumo, já me terão abandonado e o seu vestígio será apenas reconhecido pela marca visível da expressão. Expressão essa, que acompanharei de um sorriso, porque as dores do crescimento acabam sempre assim,

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Quietude

Voltei à vida sem por enquanto ouvir a palavra terminada em - ão. Sinto-me frágil, e estou quieta. Por dentro e por fora. Só me passa quietude na cabeça de tão frágil e sensível que estou. Como se a navegar por entre as coisas. Descobri que tenho de aprender a ser mais calma e a falar menos. Sinto-me melhor assim.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Instabilidade

Amanhã tenho consulta. Saber como vai a recuperação. Esperar não ouvir a outra palavra acabada em ão. Não por medo mas simplesmente porque não tenho tempo e tenho de voltar à vida. Que altura tramada para isto. Pela primeira vez o meu instinto deixou-me à toa e não sei o que esperar.