quinta-feira, 30 de abril de 2015

O monstro que me habita o pé!

Hoje o monstro que me habita o pé voltou.  Chama-se manolo, parecido com maleolo. Com os seus dentes afiados a mostrar quem é que manda nesta casa que é o meu corpo... Ai pensavas que era assim, energia positiva e tá-se bem, vou andar de muletas e fazer coisas, isto passa, tenho de me habituar. Toma lá que já almoçaste! E já que almoçaste, toma os comprimidos para as dores, por favor, que isto não vai lá com convicções. E deitadinha é assim que o monstro do meu pé gosta de mim, imóvel até doer o corpo da posição. Por enquanto, vou ficar aqui sossegadinha para ver se não o acordo...Mas fartinha de estar na cama!!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

O sentido do depois, agora...

Já chegou o tal sentido, veio de rompante mas devagar em forma de paisagem sonora dum entendimento além mundo.
Entre as linhas do caminho compreendi que a serenidade que encerro é própria de quem se afasta do mundo.  De quem vê o mundo de fora, numa bolha de tranquilidade e pequeno detalhe. Se calhar precisava mesmo de me arredar do ruído, de me encontrar. E a vida, o acaso da sincronia acaba sempre por me revelar de formas mais ou menos visíveis que a invisibilidade é a minha maior qualidade, em forma de sintonia e encontro.
Clarividência em forma de paz. Porque acredito no amor. Só ele cura.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

sentido ou não sentido?

Se calhar poderia fazer uma magia, voltar tudo atrás e não ir por ali. Ainda não entendo isto, talvez um dia venha a entender. talvez tenha sido a vida a reclamar por mim, a pedir atenção e agora do mais alto dos meus pensamentos, parece que não é dor nem aperto, mas qualquer coisa que ainda não tinha sentido antes. E o sentido do depois, quando chega?

Mais um dia...

Agora, com todo o tempo do mundo, aqui de papo para o ar a cicatrizar um osso... bem que me podia dar para escrever. mas nem isso tenho grande vontade. Parece que se fez silêncio aqui dentro de mim.
Anseio por resolver esta situação o mais rápido possível. Que o osso cicatrize rápido e no sítio certo. Por favor, sim? Eu cá vou fazendo o que me dizem, descanso absoluto, interrompido por uns chichis.
Com uma dor no peito que não me deixa o tal descanso absoluto. A sensação de estar a falhar. Do mundo estar a acontecer e eu aqui.

domingo, 26 de abril de 2015

Um minuto, um riso que passou a choro... um tornozelo fraturado.

Fratura no tornozelo direito, gesso e ainda corro o risco de poder ser operada. Muitas dores e imobilidade. Ajuda para ir à casa de banho, não conseguir cozinhar. Vou de muletas do quarto para a sala, Só para mudar de sítio. Deitada. Pé para cima na almofada. Dores na perna e outras que aparecem devido à posição.
E de repente, bem sei que não é o pior do mundo e que podia ser muito pior, mas esta altura é muito má por ser no estágio e dele depender a finalização do meu mestrado e a continuação da minha vida. 
E uma dor nasce só de pensar que no estágio não há mais danças nem corridas, nem pegar ao colo. Aliás só muletas e ir ao J.I nem sei daqui a quanto tempo. 
Parece que o universo me enganou e isto não era para mim, sinto-me silenciosa por dentro. 

domingo, 19 de abril de 2015

Serra...

O cheiro da serra que se mantém quieta. As cores que de tão mágicas se transformam em poesia no olhar. A serenidade de não ter pressa e ter sempre um caminho para percorrer. E esse mesmo caminho de árvores e pedras bonitas ser o próprio percurso de quem por dentro o percorre. Sintonia. Paz.

sábado, 18 de abril de 2015

E o meu rio corre para o mar...

Hoje fui correr. Até me doerem as pernas e a garganta arranhar. Fui ao rio e deixei lá os meus pensamentos. Mandei-os na corrente daquela água que nunca passa duas vezes pelo mesmo sítio da mesma maneira.
Hoje ouvi numa entrevista na televisão um ator dizer que um sábio é como um rio, que quando a vida se estreita, se complica, o leito do rio aprofunda. Descobri que o meu rio é estreito, segue sempre em frente, com o impulso de umas tempestades ocasionais, com margens de terra que se tornam mais fortes e sustem as raízes das árvores que crescem nas bermas.
E tal como um rio, também isto tudo a que chamamos vida vai para a frente, nunca volta para trás e também não se passa duas vezes pelo mesmo sítio da mesma maneira. Mas ainda bem que é assim. E ainda bem que fui correr. E que existem rios na nossa vida.

Elasticidades mentais

Às vezes penso que brinco às realidades paralelas com o mundo e nunca sei se tenho os pés de um lado ou do outro e a cabeça essa, tá sempre longe desta terra. O ser humano é tão complicadamente enredo. às vezes mais vale passar os pézinhos para lá e ficar lá sossegadinha com a cabeça na lua, porque isto aqui na terra, poças de água que dão lama! mas tá complicado!

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Aquele dia que te transforma, sais dele e já não és a mesma...

Passado tantos anos sem nos vermos. Eu e tu. De mãos dadas. A conversar sobre o que a vida nos fez e o que fizemos dela. E de repente ali no meio, deste-me a mão , como quando éramos pqueninas  e ficámos ali a preencher o silêncio com a escuta invisivel da atenção. No dia em que a tua mãe morreu.
Em que eu tive de me revirar toda por dentro para te contar o que nesta vida não devia ser dito. a ausência.
A tua mãe já não está cá. Foi a ultima frase e dou murros mentais a mim propria porue nao queria ser eu a dizer o que não se diz, a passar a mensagem que te vai fazer chorar e sofrer.
Talvez o destino me tenha incumbido de estar lá para me caires no colo, talvez porque também tenho o sentimento de nao ter mais mãe cá. Fui criada pela minha avó materna e ela morreu ao meu lado. No dia em que morreu tudo mudou e o sentimento de orfão ninguém mo tira. E eu nunca escrevi sobre isso. só poesia e daquela metafórica para ninguém perceber. nem eu própria. Ouço sempre na cabeça : Deixei te lá atrás e não mais te fui buscar.
Mas isso não é verdade.Eu fui te lá buscar, aliás nunca te deixei. Aliás tu é que estiveste sempre aqui. E há tanto para escrever, era arranjar um pc para o meu cérebro e até precisava, podia ser que ele se entretesse e me deixasse em paz, não me criasse filmes de terror, nem me fizesse insegura, com ansiedades daquelas que nem se dorme. Se calhar precisava mesmo de terapia, daquela dos filmes, sem comprimidos, só conversa. Mas assim conversando comigo mesma e a escrever talvez consiga encontrar essa paz em que tanto acredito mas que anda tão fugida da minha vida.
Isto tá tudo um caos. E agora, baralha, confunde e volta a dar. Aprende e reformula que és guerreira e tens casca de tartaruga.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Arrumar os pensamentos...

Uma porta entreaberta entre o terraço e a cozinha, por onde passa uma brisa e uns raios de sol. Uma sopa a fazer e a máquina a lavar. Lá fora a roupa movimenta-se com a brisa que a embala. Aspiro a casa e passo o chão, água quente e detergente e fica um cheirinho bom no ar. Não se iludam que não sou disto, mas hoje arrumar a casa arrumou-me a cabeça. Terapia e das que que fazem mesmo bem.